INCLUSÃO EDUCACIONAL E O DIREITO DE SER.
Começo essa postagem com uma
pergunta:
A escola é apenas para quem pode aprender? E ainda o que a escola
ensina? Apenas o que se pode escrever num simplório caderno. Em nossa sociedade
a escola é um marco social no qual todos passamos, ou pelo menos deveríamos. Os
princípios da inclusão educacional se bem aplicados beneficiam não apenas os incluídos
mas também os colegas e professores. Outro aspecto que gostaria de abordar é a
velha cantinela da preparação e das condições e vejamos o porque:
Preparação: acredito que ninguém o possua, pois dificilmente as deficiências
se repetem no mesmo grau e intensidade, claro que no tocante a técnica de
trabalho e conhecimento teórico-prático se é necessário conhecimento, mais isso
é um aspecto comum a todo trabalho, dos caboclos do sertão com suas lavouras “
pé de enxada” ao neurocirurgião, isso é
uma responsabilidade profissional. Obviamente não estamos a isentar o aparelho
público de suas responsabilidades que são muitas e poucas são levadas a sério.
Condições: Aqui entra o estado como soberano, somente ele tem as
condições de oferecer as condições para que as práticas inclusivas aconteçam de
maneira satisfatória. Nesta responsabilidade se encontram planos e metas,
diretrizes e normas, tais que não se constroem apenas no pequeno quadriênio politico.
Esta aparelhagem institucional é muito seria e não deve ser abandonadas por
suposto “pseud. conhecedores da escola”
, falta de profissionais, salas lotadas,
falta de equipamentos, espaço não adaptado ou não construído para atender a
este fim, salas de recursos inexistentes ou misteriosamente fechadas, são mais
que problemas, são um verdadeiro insulto a dignidade humana e seus direitos
sociais.
Lembramos que menos uma década ainda
encontrávamos as “salas especiais” local que por vezes se misturavam múltiplas deficiências
e não possuíam nenhum recurso além do giz e da boa vontade dos professores e
demais profissionais, não havia meta de aprendizagem nem expectativas para tal.
Terminamos nossas inquietações
com uma pergunta, onde estão e como estão as crianças que foram segregadas nestas
salas especiais ou nem mesmo puderem frequenta-las. Estão ai, a margem as sociedade,
dependentes da caridade filantrópica, alguns que poderiam ter se desenvolvido e
não tiveram seus direitos respeitados estão hoje a se lamentar, alguns se
sentindo burros, inaptos a escola. Sim eles também fazem essas reflexões, não
foram educados para a independência que precisariam para prosseguirem com
dignidade suas vidas.
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