OS INIMIGOS DA EDUCAÇÃO INFANTIL

Crianças e o perigo das terríveis bactérias!

Embora o título pareça exagerado, a formação de uma consciência pública a respeito da importância da Educação Infantil ainda é difusa, no mínimo ela (a Educação Infantil) é aceitável, para alguns, principalmente para certos setores da sociedade mais conservadora, a Pré-escola é um mal necessário. Um paliativo para crianças pobres ou que os pais precisem desesperadamente trabalhar.
Como uma modalidade de ensino tem suas características próprias, tem seus profissionais e suas próprias expertises. Um dos piores ataques é quando esse histórico de experiências é desprezadas ou pior desqualificadas quase sempre por profissionais pouco afeitos ao cotidiano pré-escolar. Hora são políticos querendo aumentar seu portfólio eleitoral, com as vagas  nas creches ou "escolinhas" , por vezes médicos "orientam" a desativarem brinquedos como parques ou tanques de areia, sob a alegação de perigo de fraturas ou no caso dos tanques de areia, contaminação por terríveis bactérias. A escola como instituição formadora das novas gerações precisa da participação da sociedade, mais essa mesma sociedade precisa respeitar o espaço da Pré-escola, o profissional que lá trabalha e principalmente as necessidades das crianças. Sendo o sistema educacional pública relativamente nova no Brasil, a Educação-infantil é o filho recém-nascido deste sistema. Culturalmente ele ainda não nasceu, ser professor da Pré-escola ainda é encarado como profissão feminina, para mocinhas ou senhoras bondosas que gostem de crianças, a formação acadêmica não é levada em conta, e a profissão não é encarada como carreira, no máximo vocação abnegada. Como profissionais os professores da Educação-infantil devem garantir sua autonomia profissional e zelar pelo prestígio do ofício. Como realizar essa tarefa, formação solida, constante aperfeiçoamento técnico e muito orgulho pela sua escolha profissional.

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