Educação em tempo integral e os principais erros conceituais

 

imageNão é de hoje que o tema da educação em dois turnos mobilizas teóricos e alguns bem intencionados políticos ou dirigentes de ensino, embora desde Darcy Ribeiro com seus CIEPS o tema não ganha tanta notoriedade e ande meio que camuflado voltando a baile em vésperas de eleições municipais quando um ou outro prefeito faz alarde pela inauguração de algum pomposo centro educacional integrado. Contudo a gênese do conceito se perde entre o preconceito e a ignorância de nosso sociedade, que assim como confunde creche com assistencialismo, acha que a educação em dois períodos é destinada a crianças e jovens carentes que devem ser afastado das ruas e porque não de suas famílias, estas quase sempre incompetentes na criação de seus filhos. Embora esse pensamento que vem de uma sociedade onde a educação nas palavras do grande Anízio Teixeira era mero lustro, para a riqueza adquirida pela herança paterna, não deixamos de atentar para o verdadeiro sentido do termo. Que não designa suplementação cultural ou de formação acadêmica para as crianças, mais como seu próprio nome pronuncia claramente, é a educação integral, tendo em vista que educação que nossos jovens recebem hoje é incompleta pois apenas contempla parte de seu desenvolvimento, uma vez que aspectos, como artes, expressão cultural, convívio social, entre outras ficam longe dos bancos escolares, tão concentrados em notas e média e recentemente com obsessão em índices das avaliações externas. image

Contudo nossos governantes que são movidos por votos mal contemplam essa vertente, deixando quando implantado algum programa desta natureza, crianças largadas em pátios, não contemplando os aspectos como higiene, descanso ou mesmo lazer. Por se tratar no Brasil de uma modalidade de ensino nova, não existe docentes devidamente qualificados em números suficientes, nem um currículo definido para oficinas, aulas ou seja lá o que for, deixando a critério dos manda chuvas da educação a escolha destas fontes complementares de ensino, que como dissemos quase sempre se confunde com assistencialismo. Contudo não podemos apenas culpar nossos políticos (coisa comum no Brasil) a sociedade brasileira, em geral não valoriza muito a escola, leitura ou qualquer outra atividade cultural. Muitos veem com maus olhos que uma criança ficar o dia todo em uma escola, contudo não se escandaliza quando esta mesma, fica metade de sua infância grudada em frente a um aparelho de televisão.

Enquanto ainda discutimos o sexo dos anjos, países verdadeiramente preocupados com a educação já adotaram o modelo integral a décadas e veem colhendo hoje os bons frutos de sua sábia escolha.

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