ELEIÇÕES E EDUCAÇÃO UM TEMA SEM RIMA E RITMO

 

Com 2012 os ânimos eleitorais se inflamam principalmente nas pequenas cidades onde os candidatos se convertem em verdadeiras figuras messiânicas, dotadas de um poder redentor capaz de ser a panaceia dos problemas locais.

75-021_1Enquanto seus adversários personificam o mal, a corrupção e a própria podridão do gênero humano. Um dos maiores problemas deste “modus operante” é que quando falamos sobre educação e verificamos que a maior parte da educação do primeiro ciclo do Ensino Fundamental e Educação Infantil estão na mão dos municípios, podemos levar as escolas para o olho deste arcaico furação de vaidades politicas onde ascetas e “torcedores” dos candidatos ou grupos políticos se convertem em verdadeiros esbirros a se digladiar pelas suas opções ideológicas. Como criar um ambiente democrático e baseado no dialogo e proficionaismo, num clima de arena romana?

É inegável o quanto a realidade pedagógica evoluiu nas últimas décadas e que grande parte deste progresso se deveu a transferência da educação para as mãos dos municípios.

Contudo ainda sofremos mazelas abomináveis, nas redes municipais, enquanto antes reclamamos de falta de recursos, as lamurias atuais são outras, sua má utilização e acima de tudo a completa falta de foco e objetividade. Estratégias de intervenção pedagógicas mau conduzidas, quando existem, projetos e programas descontinuados após a troca de mandatos ou mesmo programas que são misteriosamente paralisados com as sisudas e conhecidas desculpas de falta de verba.

Se aliarmos o perfil paternalista e autoritário das administrações municipais nas pequenas cidades, com a sub-formação do quadro docente e gestor, temos gerações perdidas e excluídas de possuir uma educação verdadeiramente emancipadora e como diria Paulo Freire, uma “educação libertadora”.

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